CGMEB REGIONAL ARARAQUARA-SP

Índice:

9. Período Interbíblico

10. Revelação

11. Inspiração

12. Iluminação

13. Autoridade

14. Credibilidade

15. Inerrância/Infalibilidade

16. Canonicidade

Anexos

De Malaquias a Mateus, encontramos um silêncio divino de quatro século. Nesse período, chamado de “Período Interbíblico” (por se localizar entre os dois testamentos), Deus esteve preparando o mundo para o nascimento de seu filho e  para o advento do cristianismo. Deus preparou o mundo em vários aspectos para a vinda de Jesus, cada povo, no seu tempo, pela providência divina, criou as condições da sociedade em que o cristianismo apareceu realizando as suas primeiras conquistas.

O POVO BABILÔNICO

O povo babilônico levaram o povo de Deus para o cativeiro e lhe deram lições jamais esquecidas.

O POVO PÉRSICO

Os persas fizeram-lhe  retornar a Jerusalém. Edificando o templo e restaurando o ensino da Lei.

O POVO GREGO

Os gregos influenciaram intelectualmente o mundo, com um idioma universal, o “KOINE”.

OS JUDEUS

Os judeus contribuíram com a preservação do Antigo Testamento e a esperança messiânica, principalmente depois do cativeiro.

Este período de 400 anos, é considerado de “silêncio”, porque neste período Deus deixou de falar pelos profetas, pela palavra escrita, pois nenhum livro inspirado apareceu neste período, porém Deus preparou o mundo para que Cristo nascesse. Este período, foi profetizado por Daniel no cap. 11 a 12.4. O local destes acontecimentos foi na Palestina e os principais acontecimentos foram:

O período Medo-persa; Greco-Macedônio; Macabeus; Romano e a literatura apócrifa.

O PERÍODO MEDO-PERSA

Após Neemias e Malaquias, a Palestina continuou sob o domínio persas por mais 100 anos. O centro do império Persa ficava onde hoje é o “Irã”. Suas capitais forma a Babilônia e depois Susa, que foi construída por Cambises. Embora em cativeiro, o povo de Deus obteve os seguintes sucessos:

  • Influência espiritual sobre Nabucodonozor e os babilônicos;
  • Idolatria destruída;
  • A lei de Moisés respeitada;
  • Inauguração do Culto Público;
  • Reverdecimento da esperança messiânica;
  • Nacionalismo pronunciado.

No período interbíblico, os persas só dominaram o mundo por cerca de 100 anos. Dário Condômano III, foi derrotado por Alexandre Magno da Grécia na famosa batalha de Arbela.

O PERÍODO GRECO-MACEDÔNICO

Alexandre Magno, com a idade de 20 anos, assumiu o comando do exército grego e, à maneira de meteoro, investiu para o Oriente, sobre as terras que investiram sob o domínio do Egito, Assíria, Babilônia e Persa.

No ano 331 a.C., o mundo inteiro jazia aos seus pés. Invadindo a Palestina, em 332 a. C., mostrou muita consideração pelos judeus., poupando Jerusalém. E oferecendo-lhes imunidade para se estabelecerem em Alexandria.  No ano 323 a.C. Alexandre morre aos 33 anos de idade. Após sua morte, seu império foi dividido entre 4 famosos generais.

O PERÍODO MACABEUS

Matias, foi um sacerdote de grande coragem e patriotismo. Furioso com a tentativa de Antíoco Epifanes, reuniu um bando de leias compatriotas e levantou a bandeira da revolta. Possuía cinco filhos heróis e guerreiros: Judas, Jônatas, Simão, João e Eleazar. Depois da morte de Matias, , Judas seu filho, assumiu o seu lugar. Guerreiro de admirável gênio militar, reconquistou Jerusalém no ano 165 a. C., purificou e reedificou o Templo. Daí a origem da festa da dedicação. Apesar da inferioridade militar conseguiram grandes conquistas.

O PERÍODO ROMANO

A Palestina foi conquistada pelos romanos no ano 63 a. C sob as ordens de Pompeu. Antípator foi designado governador da Judéia. Sucedeu-lhe seu filho Herodes, o Grande que foi rei da Judéia em 34 a 4 a.C. A Bíblia fala de sete Herodes como se pode estudar nos livros de História.

O texto apresentado oferece uma introdução concisa e clara ao conceito de revelação na perspectiva bíblica. Ao afirmar que a revelação é “tirar ou levantar o véu”, a análise destaca a ideia de que Deus, em sua infinita sabedoria e amor, escolhe revelar aspectos de si mesmo e de seus planos para a humanidade, antes ocultos.

A revelação geral

Como apontado no texto, é aquela que se manifesta de forma universal e acessível a todos os seres humanos, independentemente de sua fé ou cultura. A criação, a natureza e a consciência humana são canais pelos quais Deus se revela, permitindo que todos percebam sua existência e grandeza.

A revelação específica

Por sua vez, é direcionada e particular, revelando verdades mais profundas e específicas sobre Deus e seus propósitos. A Escritura Sagrada, inspirada pelo Espírito Santo, é o principal meio de revelação específica, transmitindo a mensagem divina de forma clara e precisa.

Jesus Cristo – O MESSIAS Haboni

Emerge como a revelação máxima e definitiva de Deus. Através de sua vida, morte e ressurreição, Deus se revela plenamente à humanidade, oferecendo a salvação e a vida eterna.

Para complementar a análise, podemos considerar os seguintes pontos:

  • A importância da revelação: A revelação divina é fundamental para a fé cristã, pois é através dela que os seres humanos conhecem a Deus, compreendem seu propósito na vida e encontram a salvação.
  • Os métodos de revelação: Além da criação, da natureza e da Escritura, Deus se revela também através de profetas, milagres, visões e outras manifestações sobrenaturais.
  • A revelação contínua: Embora a revelação divina tenha se completado em Jesus Cristo, o Espírito Santo continua a iluminar a mente e o coração dos cristãos, aprofundando sua compreensão da fé.
  • A revelação e a razão: A revelação divina não se contrapõe à razão, mas a complementa. A fé cristã convida à busca da verdade, utilizando tanto a razão quanto a fé para compreender os mistérios de Deus.
  • A revelação e a experiência pessoal: A revelação divina não é apenas um conhecimento intelectual, mas também uma experiência pessoal. Ao se relacionar com Deus através da oração e da meditação na Palavra, os cristãos podem experimentar a presença divina em suas vidas.

Em resumo, a revelação divina é um tema central da fé cristã, que nos convida a aprofundar nossa compreensão de Deus e a viver em comunhão com Ele. Ao estudar a Bíblia e buscar a orientação do Espírito Santo, podemos experimentar a riqueza e a profundidade da revelação divina em nossas vidas.

De um modo que poderia ter sido feito ou causado por um sopro. (Iluminação) divino: uma oração inspirada; um texto lindamente inspirado

Diz-se do indivíduo que está repleto de uma animação causada por uma inspiração divina, criadora etc: um escritor inspirado; só escreve quando está inspirado. .

A palavra inspiração vem do latim, e significa respirar para dentro. Ela é usada somente duas vezes no N.T. (2Tm 3:16; 2Pe 1:21).

Este vocábulo, embora consagrado pelo uso, e, portanto, pela teologia, não é um termo adequado, pois pode parecer que Deus tenha soprado alguma espécie de vida divina em palavras humanas. Em 2Tm 3.16 encontramos o vocábulo grego theopneustos que significa soprado por Deus. As Escrituras é a própria inspiração de Deus, é o próprio Deus falando (2Sm 23:2).

Em 2Pe 1:21 este vocábulo se torna mais inadequado ainda, pois alguma traduções transmite a ideia de que os homens santos foram inspirados pelo Espírito Santo: “O fato é que o homem não é inspirado, mas a Palavra de Deus é que é expirada” (Compare Jó 32:8; 33:4 com Ez 36:27; 37:9).

A ARA (Almeida Revista e Atualizada), porém, apesar de utilizar o termo inspiração em 2Tm 3:16, usa, com acerto, o verbo mover em 2Pe 1:21, como tradução do vocábulo grego “pherô”, que significa exatamente mover ou conduzir.

Considerada esta ressalva, não devemos pender para o extremo, excluindo a autoria humana da compilação das Escrituras. Ela própria reconhece a autoria dual no registro bíblico. Em Mateus 15.4 está escrito que Deus ordenou enquanto que em Mc 7:10 diz que foi Moisés quem ordenou.

Deus opera de modo misterioso usando e não anulando a vontade humana, sem que o homem perceba que está sendo divinamente conduzido, sendo que neste fenômeno, o homem faz pleno uso de sua liberdade (Pv 16:1;19:21; Sl 33:15;105:25; Ap 17:17). Desse mesmo modo Deus também usa Satanás  (Compare  1Cr.21:1 com 2Sm 24:1; Is 22:20-23), mas não retira a responsabilidade do homem (At 5:3,4), como também o faz na obra da salvação (Dt 30:19; Sl 65:4; Jo 6:44).

Inspiração é o (graphe), que quer dizer escrito, que significa “sopro divino”. Que é o poder sobrenatural do Espírito Santo sobre os escritos sagrados, para que os seus escritos tivessem plena validade, isto é, o próprio Deus, mediante o Espírito Santo, que é Deus, inspirou aos homens o que justamente deviam escrever.

É a operação divina que influenciou os escritores bíblicos, capacitando-os a receber a mensagem divina, e que os moveu aos escritos com exatidão, impedindo-os de cometerem erros e omissões, de modo que ela recebeu autoridade divina e infalível, garantindo a exata transferência da verdade revelada de Deus para a linguagem humana inteligível (2Co 10:13; 2Tm 3:16; 2Pe 1:20,21).

INSPIRAÇÃO SE REVELA

  • Toda a Escritura é inspirada por Deus: 2Tm 3:16
  • Jesus se revela pela Palavra (logos) encarnada por Deus: Jo 1:1-4
  • O Espírito que nos inspira na compreensão da Palavra: Jo 32:8

1) Autoria Divina:  Do lado divino as Escrituras são a Palavra de Deus no sentido de que se originaram n’Ele e são a expressão de Sua mente. Em 2Tm3:16 encontramos a referência a Deus: “Toda Escritura é divinamente inspirada” (theopneustos= soprada ou expirada por Deus) . A referência aqui é ao escrito.

2) Autoria Humana: Do lado humano  certos homens foram escolhidos por Deus para a responsabilidade de receber a Palavra e passá-la para a forma escrita. Em 2Pe 1:21 encontramos a referência aos homens: “Homens santos de Deus falaram movidos pelo Espírito Santo” (pherô = movidos ou conduzidos). A referência aqui é ao escritor.

Este termo grego foi utilizado no N.T. cerca de 200 vezes para indicar a Palavra de Deus Escrita, e 7 vezes para indicar o Filho de Deus (Jo 1:1,14; 1Jo 1:1;5:7; Ap 19:13). Eles são para Deus o que a expressão é para o pensamento e o que a fala é para a razão, portanto o Logos de Deus é a expressão de Deus, quer seja na forma escrita ou viva (Cf. Jo 14:6 com Jo 17:17).

1) Cristo é a Palavra Viva: Cristo é o Logos, isto é, a fala, a expressão de Deus.

2) A Bíblia é a Palavra Escrita: A Bíblia também é o Logos de Deus, e assim como em Cristo há dois elementos (duas naturezas), divino e humano, igualmente na Palavra de Deus estes dois elementos aparecem unidos sobrenaturalmente.

Somos acusados de provar a inspiração pela Bíblia e de provar a verdade da Bíblia pela inspiração, e, assim, de argumentar num círculo vicioso. Mas o processo parte de uma prova que todos aceitam: a evidência. Esta, primeiro prova a veracidade ou credibilidade da testemunha, e então aceita o seu testemunho.

A veracidade das Escrituras é estabelecida de vários modos, e, tendo constatado a sua veracidade, ou a validade do seu testemunho, bem podemos aceitar o que elas dizem de si mesmas.

As Escrituras afirmam que são inspiradas, e elas ou devem ser cridas neste particular ou rejeitadas em tudo mais.

1) O A.T. afirma sua Inspiração:  (Dt  4:2,5; 2Sm 23:2; Is 1:10; Jr 1:2,9; Ez 3:1,4; Os 1:1; Jl l:1; Am 1:3;3:1; Ob 1:1; Mq 1:1).

2) O N.T. afirma sua Inspiração: (Mt 10:19; Jo 14:26;15:26,27; Jo 16:13; At 2:33;15:28; 1Ts 1:5; 1Co 2:13; 2Co 13:3; 2Pe 3:16; Is 2:13; 1Co 14:37).

3) O N.T. afirma a Inspiração do A.T.: (Lc 1:70; At 4:25; Hb 1:1, 2Tm 3:16; 1Pe 1:11; 2Pe 1:21).

4) A Bíblia faz declarações científicas descobertas posteriormente: (Jó 26:7; Sl 135:7; Ec 1:7; Is 40:22).

Teorias da Inspiração

Podemos ter revelação sem inspiração (Ap 10:3,4), e podemos ter inspiração sem revelação, como quando os escritores registram o que viram com seus próprios olhos e descobriram pela pesquisa (1Jo 1:1-4; Lc 1:1-4). Aqui nós temos a forma e o resultado da inspiração.

— Ela não explica como os escritores bíblicos poderiam mesclar seus conhecimentos sobrenaturais ao registrarem uma sentença, e serem rebaixados a um nível inferior ao relatarem um fato de modo natural.

— Ela não fornece a psicologia daquele estado de espírito que deveria envolver os escritores bíblicos ao se pronunciarem infalivelmente sobre matérias de doutrina, enquanto se desviam a respeito dos fatos mais simples da história.

— Ela não analisa a relação existente entre as mentes divina e humana, que produz tais resultados.

— Ela não distingue entre coisas que são essenciais à fé e à pratica e àquelas que não são. Erasmo, Grotius, Baxter, Paley, Doellinger e Strong compartilham desta teoria.

A forma é o método que Deus empregou na inspiração, enquanto que o resultado indica a conseqüência da inspiração. Portanto, as chamadas teorias da intuição, da iluminação, a dinâmica e a do ditado, todas descrevem a forma de inspiração, enquanto que a teoria verbal plenária indica o resultado.

Teoria do Ditado

Afirma que os escritores bíblicos foram meros instrumentos (amanuenses[1]), não seres cujas personalidades foram preservadas.

Se Deus tivesse ditado as Escrituras, o seu estilo seria uniforme. Teria a dicção e o vocabulário do divino Autor, livre das idiossincrasias[2] dos homens (Rm 9:1-3; 2Pe 3:15,16). Na verdade o autor humano recebeu plena liberdade de ação para a sua autoria, escrevendo com seus próprios sentimentos, estilo e vocabulário, mas garantiu a exatidão da mensagem  suprema com tanta perfeição como se ela tivesse sido ditada por Deus.

Não há nenhuma insinuação de que Deus tenha ditado qualquer mensagem a um homem além daquela que Moisés transcreveu no monte santo, pois Deus usa e não anula as suas vontades. Esta teoria, portanto, enfatiza sobremaneira a autoria divina ao ponto de excluir a autoria humana.

Teoria da Inspiração Natural ou Intuição

Afirma que a inspiração é simplesmente um discernimento superior das verdades moral e religiosa por parte do homem natural. Assim como tem havido artistas, músicos e poetas excepcionais, que produziram obras de arte que nunca foram superadas, também em relação a Escrituras houve homens excepcionais com visão espiritual que, por causa de seus dons naturais, foram capazes de escrever as Escrituras.

Esta é a noção mais baixa de inspiração, pois enfatiza a autoria humana a ponto de excluir a autoria divina. Esta teoria foi defendida pelos pelagianos[3] e unitarianos[4].

Teoria da Inspiração Mística ou Iluminação

Afirma que inspiração é simplesmente uma intensificação e elevação das percepções religiosas do crente. Cada crente tem sua iluminação até certo ponto, mas alguns tem mais do que outros.

Se esta teoria fosse verdadeira, qualquer cristão em qualquer tempo, através da energia divina especial, poderia escrever as Escrituras. Schleiermacher foi quem disseminou esta teoria. Para ele inspiração é “um despertamento e excitamento da consciência religiosa, diferente em grau e não em espécie da inspiração piedosa ou sentimentos intuitivos dos homens santos”. Lutero, Neander, Tholuck, Cremer, F.W.Robertson, J.F.Clarke e G.T.Ladd defendiam esta teoria, segundo Strong.

Inspiração dos Conceitos

Esta teoria pressupõe pensamentos à parte das palavras, através da qual Deus teria transmitido ideias mas deixou o autor humano livre para expressá-las em sua própria linguagem. Mas ideias não são transferíveis por nenhum outro modo além das palavras.

Esta teoria ignora a importância das palavras em qualquer mensagem. A Bíblia sempre enfatiza suas palavras e não um simples conceito (1Co 2:13; Jo 6:63;17:8; Ex 20:1; Gl 3:16).

Graus de Inspiração

Afirma que há inspiração em graus — sugestão, direção, elevação, superintendência, orientação e revelação direta — são palavras usadas para classificar estes graus.

Esta teoria alega que algumas partes da Bíblia são mais inspiradas do que outras. Embora ela reconheça as duas autorias, dá margem a especulação fantasiosa.

Inspiração Verbal Plenária

É o poder inexplicado do Espírito Santo agindo sobre os escritores das Sagradas Escrituras, para orientá-los (move-los, conduzí-los) na transcrição do registro bíblico, quer seja através de observações pessoais, fontes orais ou verbais, ou através de revelação divina direta, preservando-os de erros e omissões, abrangendo as palavras em gênero, número, tempo, modo e voz, preservando, desse modo, a inerrância das Escrituras, e dando à ela autoridade divina.

Como:

  1. Observação Pessoal: (IJo.1:1-4).

B. Fonte Oral: (Lc.l:1-4).

C. Fonte Verbal: (At.17:18; Tt.1:12; Hb.1:1).

D. Revelação Divina Direta: (Ap.1:1-11; Gl.1:12).

E. Gênero: (Gn.3:15).

F. Número: (Gl.3:16).

G. Tempo: (Ef.4:30; Cl.3:13).

H. Modo: (Ef.4:30; Cl.3:13).

I. Voz: (Ef.5:18)

A iluminação não deve ser confundida com revelação. Revelar é mostrar o que está em oculto. Iluminar é trazer luz ao que está revelado mas não conseguimos ver por causa da nossa escuridão. Iluminar é trazer luz a escuridão em que estamos e não conseguimos enxergar o que já está revelado nas Sagradas Escrituras.

A obra do Espírito Santo na iluminação não é o provimento de novas informações ou revelações além daquelas já escritas na Bíblia.

O Espírito Santo ilumina aquilo que está revelado nas Escrituras. Ele opera com a Palavra e por meio da Palavra. 

É através da iluminação que o Espírito Santo concede aos cristãos a capacidade intelectual de poderem compreender o que foi inspirado e revelado nas Escrituras Sagradas.

É impossível entendermos a situação de pecado sem intervenção do Espírito Santo que produz luz em nossa consciência. Influência ou ministério do Espírito Santo que capacita todos os que estão num relacionamento correto com Deus para entender as Escrituras (1Co 2:12; Lc 24:32,45; 1Jo 2:27).

A iluminação não inclui a responsabilidade de acrescentar algo às Escrituras (revelação) e nem inclui uma transmissão infalível na linguagem (inspiração) daquele que o Espirito Santo ensina.

A iluminação é diferenciada da revelação e da inspiração no fato de ser prometida a todos os crentes, pois não depende de escolha soberana, mas de ajustamento pessoal ao Espirito Santo. Além disso a iluminação admite graus podendo aumentar ou diminuir (Ef 1:16-18; 4:23; Cl 1:9).

A iluminação não se limita a questões comuns, mas pode atingir as coisas profundas de Deus (ICo 2:10) porque o Mestre Divino está no coração do crente e, portanto, ele não houve uma voz falando de fora e em determinados momentos, mas a mente e o coração são sobrenaturalmente despertados de dentro (1Co 2:16).

Este despertamento do Espírito pode ser prejudicado pelo pecado, pois é dito que o cristão que é espiritual discerne todas as coisas (1Co 2:15), ao passo que aquele que é carnal não pode receber as verdades mais profundas de Deus que são comparadas ao alimento sólido (1Co 2:15;3:1-3; Hb 5:12-14).

A iluminação, a inspiração e a revelação estão estritamente ligadas, porém podem ser independentes, pois há inspiração sem revelação (Lc 1:1-3; 1Jo1:1-4); inspiração com revelação (Ap 1:1-11); inspiração sem iluminação (1Pe1:10-12); iluminação sem inspiração (Ef.1:18) e sem revelação (1Co 2:12; Jd.3); revelação sem iluminação (1Pe 1:10-12) e sem inspiração (Ap 10:3-4; Ex 20:1-22). É digno de nota que encontramos estes três ministérios do Espirito Santo mencionados em uma só passagem (1Co 2:9-13); a revelação no versículo 10; a iluminação no versículo 12 e a inspiração no versículo 13.

A Iluminação acontece por que:

  • O homem natural não pode discerni-la: 1Co 2:14
  • A obra de Cristo na cruz faz sentido: 1Co 1:18
  • O Espírito Santo ensina: Jo 14:26

Dizemos que a bíblia é um livro que tem autoridade porque ela tem influência, prestígio e credibilidade (quanto a pureza na transcrição ou tradução), por isso deve ser obedecida porque procede de fonte infalível e autorizada.

A autoridade está vinculada a inspiração, canonicidade e credibilidade, sem os quais a autoridade da Bíblia não se estabeleceria. Assim, por ser inspirado, determinado trecho bíblico possui autoridade; por ser canônico, determinado livro bíblico possui autoridade, e por ter credibilidade, determinadas informações bíblicas possuem autoridade, sejam históricas, geográficas ou científicas.

Entretanto, nem tudo aquilo que é inspirado é autorizado, pois a autoridade de um livro trata de sua procedência, de sua autoria, e, portanto, de sua veracidade. Deus é o Autor da Bíblia, e como tal ela possui autoridade, mas nem tudo que está registrado na Bíblia procedeu da boca de Deus. Por exemplo, o que Satanás disse para Eva foi registrado por inspiração, mas não é a verdade (Gn 3:4,5); o conselho que Pedro deu a Cristo (Mt 16:22); as acusações que Elifaz fez contra Jó (Jó 22:5-11), etc.

Nenhuma dessas declarações representam o pensamento de Deus ou procedem d’Ele (procedem apenas por inspiração), e por isso não têm autoridade.

Um texto também perde sua autoridade quando é retirado de seu contexto e lhe é atribuído um significado totalmente diferente daquele que tem quando inserido no contexto. As palavras ainda são inspiradas, mas o novo significado não tem autoridade.

Um livro tem credibilidade se relatou veridicamente os assuntos como aconteceram ou como eles são; e quando seu texto atual concorda com o escrito original.

Nesse caso credibilidade relaciona-se ao conteúdo do livro (original), e a pureza do texto atual (cópia ou tradução). Por exemplo, as palavras de Satanás em Gn 3:4,5 são inspiradas, mas não possuem autoridade, porque não é verdade, porém tem credibilidade ou veracidade (quanto a sua transcrição) porque foram registradas exatamente como Satanás disse. A veracidade das palavras de Satanás não se relacionam ao o que ele pronunciou, mas sim como ele as pronunciou.

Autenticado por Jesus Cristo

Cristo recebeu o A.T. como relato verídico. Ele endossou grande número de ensinamentos do A.T., como, por exemplo: A criação do universo por Deus (Mc 3:19), a criação do homem (Mt.19:4,5), a existência de Satanás (Jo 8:44), o dilúvio (Lc 17:26,27), a destruição de Sodoma e Gomorra (Lc 17:28-30), a revelação de Deus a Moisés na sarça (Mc.12:26), a dádiva do maná (Jo 6:32), a experiência de Jonas dentro do grande peixe (Mt 12:39,40). Como Jesus era Deus manifesto em carne, Ele conhecia os fatos, e não podia se acomodar a ideias errôneas, e, ao mesmo tempo ser honesto. Seu testemunho deve, portanto, ser aceito como verdadeiro ou Ele deve ser rejeitado como Mestre religioso.

Prova Arqueológica

Através da arqueologia, a batalha dos reis registrada em Gn 14 não pode mais ser posta em dúvida, já que as inscrições no Vale do Eufrates “mostram indiscutivelmente que os quatro reis mencionados na Bíblia como tendo participado desta expedição não são, como era dito displicentemente, ‘invenções etnológicas’, mas sim personagens históricos reais. Anrafel é identificado como o Hamurábi cujo maravilhoso código de leis foi tão recentemente descoberto por De Morgan em Susa”. (Geo. F. Wright)

—As tábuas Nuzi esclarecem a ação de Sara e Raquel ao darem suas servas aos seus maridos (Jack Finegan, Ligth from the Ancient Past = Luz de um Passado Antigo).

—Os hieróglifos egípcios indicam que a escrita já era conhecida mais de 1.000 anos antes de Abraão (James Orr, The Problem of the Old Testament = O Problema do Velho Testamento).

A arqueologia também confirma o fato de Israel ter vivido no Egito, como escravo, e ter sido liberto (Melvin G. Kyle, The Deciding Voice of the Monuments = A Voz Decisória dos Monumentos).Muitas outras confirmações da veracidade dos relatos das Escrituras poderiam ser apresentados.

Prova Histórica

A história fornece muitas provas da exatidão das descrições bíblicas. Sabe-se que Salmanezer IV sitiou a cidade de Samaria, mas o rei da Assíria, que sabemos ter sido Sargom II, carregou o povo para a Síria (2Rs 17:3-6). A história mostra que ele reinou de 722-705 a.C. Ele é mencionado pelo nome apenas uma vez na Bíblia (Is 20:1). Nem Beltsazar (Dn 5), nem Dario, o Medo (Dn 6) são mais considerados como personagens fictícios.

Inerrância ou infalibilidade significa: verdade é transmitida em palavras que, entendidas no sentido em que foram empregadas, entendidas no sentido que realmente se destinavam a ter, não expressam erro algum.

A inspiração garante a inerrância da Bíblia

Inerrância não significa que os escritores não tinham falhas na vida, mas que foram preservados de erros os seus ensinos. Eles podem ter tido concepções errôneas acerca de muitas coisas, mas não as ensinaram; por exemplo, quanto à terra, às estrelas, às leis naturais, à geografia, à vida política e social etc.

Não significa que não se possa interpretar erroneamente o texto ou que ele não possa ser mal compreendido.

A inerrância não nega a flexibilidade da linguagem como veículo de comunicação. É muitas vezes difícil transmitir com exatidão um pensamento por causa desta flexibilidade de linguagem ou por causa de possível variação no sentido das palavras.

A Bíblia vem de Deus. Será que Deus nos deu um livro de instrução religiosa repleto de erros? Se ele possui erros sob a forma de uma pretensa revelação, perpetua os erros e as trevas que professa remover. Pode-se admitir que um Deus Santo adicione a sanção do seu nome a algo que não seja a expressão exata da verdade?

Diz-se que a Bíblia é parcialmente verdadeira e parcialmente falsa. Se é parcialmente falsa, como se explica que Deus tenha posto o seu selo sobre toda ela?  Se ela é parcialmente verdadeira e parcialmente falsa, então a vida e a morte estão a depender de um processo de separação entre o certo e o errado, que o homem não pode realizar.

Cristo declara que a incredulidade é ofensa digna de castigo. Isto implica na veracidade daquilo que tem de ser crido, porque Deus não pode castigar o homem por descrer no que não é verdadeiro (Sl 119:140,142; Mt 5:18; Jo 10:35; Jo 17:17). Aqueles que negam a infalibilidade da Bíblia, geralmente estão prontos a confiar na falibilidade de suas próprias opiniões.

Um dos exemplos utilizado para contrariar a inerrância da Bíblia, encontra-se em 1Co 10:8 onde lemos que 23.000 homens morreram no deserto, enquanto que Nm 25:9 diz que morreram 24.000. Acontece que em Números nós temos o número total dos mortos, ao passo que em 1Coríntios nós temos o número parcial que somado ao restante dos homens relacionados nos versículos 9 e 10, deverá contabilizar o total de 24.000.

A inerrância não abrange as cópias dos manuscritos, mas atinge somente os autógrafos[5].

Por canonicidade das Escrituras queremos dizer que, de acordo com “padrões” determinados e fixos, os livros incluídos nelas são considerados partes integrantes de uma revelação completa e divina, a qual, portanto, é autorizada e obrigatória em relação à fé e à prática.

A palavra grega Canôn (Kanon) derivou do hebraico kaneh que significa junco ou vara de medir (Ap 21:15); daí tomou o sentido de norma, padrão ou regra (Gl 6:16; Fp 3:16).

A Canonização de um livro da Bíblia não significa que a nação judaica ou a igreja tenha dado a esse livro a sua autoridade canônica; antes significa que sua autoridade, já tendo sido estabelecida em outras bases suficientes, foi consequentemente reconhecida como pertencente ao cânon e assim declarado pela nação judaica e pela igreja cristã.

O CRITÉRIO CANÔNICO (NOVO TESTAMENTO)

Adotam-se 5 critérios canônicos:

1) Apostolicidade: O livro deveria ter sido escrito por um dos apóstolos ou por autor que tivesse relacionamento com um dos apóstolos (imprimatur apostólico).

2) Universalidade:  Quando era impossível demonstrar a autenticidade apostólica, o critério de uso e circulação do livro na comunidade cristã universal era considerado para sua aferição canônica. O livro deveria ser aceito universalmente pela igreja para dela receber o seu imprimatur.

3) Conteúdo do Livro: O livro deveria possuir qualidades espirituais, e qualquer ficção que nele fosse encontrada tornava o escrito inaceitável.

4) Inspiração: O livro deveria possuir evidências de inspiração.

5) Leitura em Público: Nenhum livro seria admitido para leitura pública na igreja se não possuísse características próprias. Muitos livros eram bons e agradáveis para leitura particular, mas não podiam ser lidos e comentados publicamente, como se fazia com a lei e os profetas na sinagoga. É a esta leitura que Paulo exorta Timóteo a praticar (1Tm 4:13).

CONCLUSÃO DA CANONIZAÇÃO N.T.

São muitos os concílios ao longo da história. Podemos destacar o primeiro deles na própria Escritura em Atos cap. 15.

São deliberações através de reunião de dignitários eclesiásticos, especialmente pastores, bispos, presbíteros para deliberar sobre questões de fé, costumes, doutrina ou disciplina eclesiástica.

— Niceia I (325), Constantinopla I (381), Concílio Damasino de Roma em 382 d.C., Concílio de Cartago em 397 d.C.; Éfeso (431), e outros…

Concílio de Nicéia

Foi um concílio de bispos cristãos, reunidos na cidade de Niceia da Bitínia (atual Iznik, província de Bursa, Turquia) pelo Imperador Romano Constantino I em 325. O assunto central desse concílio foi combater a heresia do Arianismo, que pregava a humanidade de Jesus e quase desconsiderava sua divindade. Foi convocado pelo Imperador Constantino. Havia grande problema com definições dogmáticas por causa da língua (grega e latim) e a questão do Arianismo, ainda que considerada herética, não foi resolvida e ainda levantou outras perguntas referentes a natureza de Jesus e da Santíssima Trindade.

Primeiro Concílio de Nicéia foi um concílio de bispos cristãos, reunidos na cidade de Niceia da Bitínia (atual Iznik, província de Bursa, Turquia) pelo Imperador Romano Constantino I em 325. O assunto central desse concílio foi combater a heresia do Arianismo, que pregava a humanidade de Jesus e quase desconsiderava sua divindade. Foi convocado pelo Imperador Constantino. Havia grande problema com definições dogmáticas por causa da língua (grega e latim) e a questão do Arianismo, ainda que considerada herética, não foi resolvida e ainda levantou outras perguntas referentes a natureza de Jesus e da Santíssima Trindade.

Um dos propósitos do concílio foi resolver as divergências que surgiram dentro da Igreja de Alexandria sobre a natureza de Jesus e sua relação com o Pai. Discussões sobre a origem do Filho envolveram dois posicionamentos: se ele não teve começo e foi gerado pelo Pai a partir de seu próprio ser ou se teve começo e foi criado do nada. Alexandre e Atanásio, ambos de Alexandria, tomaram a primeira posição e o popular presbítero Ário, de quem vem o termo arianismo, tomou a segunda. O concílio decidiu, esmagadoramente, contra os arianos. De aproximadamente 318 participantes, todos, com exceção de dois, concordaram em assinar o credo e estes dois, juntamente com Ário, foram banidos para a Ilíria.

Outro resultado do concílio foi um acordo sobre quando celebrar a Páscoa, a mais importante festa do calendário eclesiástico, decretado em uma epístola à Igreja de Alexandria na qual se diz:

“Nós também lhe enviamos as boas novas do acordo relativo à sagrada Páscoa, isto é, em resposta às suas orações, esta questão também foi resolvida. Todos os irmãos do Oriente que até o momento seguiram a prática judaica, a partir de agora, observarão o costume dos romanos e de vocês e de todos nós que, desde os tempos antigos, mantivemos a Páscoa juntamente com vocês.”

Historicamente significativo como o primeiro esforço para alcançar um consenso na Igreja através de uma assembléia representando toda a cristandade, o concílio foi a primeira ocasião em que os aspectos técnicos da cristologia foram discutidos. Por meio dele, estabeleceu-se um precedente para os concílios gerais posteriores adotarem credos e cânones. Este concílio é, geralmente, considerado o início do período dos primeiros sete concílios ecumênicos da história do cristianismo.

O Concílio de Constantinopla I (381): Um Marco Fundamental para o Cristianismo

O Primeiro Concílio de Constantinopla, realizado em 381, representou um ponto crucial na história da Igreja Cristã. Convocado pelo imperador Teodósio I, esse encontro eclesiástico tinha como objetivo principal reafirmar a divindade de Jesus Cristo e unificar a Igreja, combatendo heresias como o arianismo.

Uma das principais decisões do Concílio foi a ratificação do Credo Niceno-Constantinopolitano, um dos documentos mais importantes da fé cristã, que define a natureza trinitária de Deus. Além disso, o Concílio estabeleceu a ordem hierárquica da Igreja, concedendo à sede episcopal de Constantinopla um lugar de destaque, logo abaixo de Roma.

Em resumo, o Concílio de Constantinopla desempenhou um papel fundamental na consolidação da doutrina cristã e na organização da Igreja, moldando o rumo do cristianismo nos séculos seguintes.

Gostaria de saber mais sobre algum aspecto específico do Concílio? Por exemplo, podemos explorar:

  • O arianismo: Qual era essa heresia e por que era considerada uma ameaça à fé cristã?
  • O Credo Niceno-Constantinopolitano: Quais são os principais pontos desse credo e como ele influenciou a teologia cristã?
  • As implicações políticas do Concílio: Como o poder civil influenciou as decisões do Concílio e quais foram as consequências para a relação entre Igreja e Estado?

O Concílio Damasiano de Roma (382 d.C.): Uma Reunião para Unificar a Igreja

O Concílio Damasiano de Roma, realizado em 382 d.C., sob a liderança do Papa Dâmaso I, foi um evento crucial para a consolidação da Igreja após o tumultuado período de controvérsias teológicas.

Este concílio regional tinha como objetivo principal unificar a Igreja, especialmente após as tensões geradas pelo Concílio de Constantinopla (381). Os bispos ocidentais, insatisfeitos com a eleição do patriarca de Constantinopla, solicitaram ao imperador Teodósio I a convocação de um novo sínodo.

Os temas centrais do Concílio Damasiano foram a definição do cânone bíblico, ou seja, quais livros deveriam ser considerados inspirados por Deus e fazer parte da Bíblia, e a reafirmação da autoridade papal. O concílio também buscou resolver disputas internas e fortalecer a unidade da Igreja.

Em resumo, o Concílio Damasiano de Roma desempenhou um papel fundamental na organização e unificação da Igreja no Ocidente, contribuindo para a consolidação da autoridade papal e para a definição do cânone bíblico que conhecemos hoje.

Gostaria de saber mais sobre algum aspecto específico do Concílio Damasiano? Podemos explorar:

  • O cânone bíblico: Como o concílio definiu quais livros fariam parte da Bíblia?
  • A autoridade papal: Qual foi o papel do Papa Dâmaso I nesse concílio e como a autoridade papal foi fortalecida?
  • As disputas internas: Quais eram as principais divergências entre os bispos e como o concílio as resolveu?

O Concílio de Cartago (397 d.C.): Definindo o Cânon Bíblico

O Concílio de Cartago, realizado em 397 d.C., foi um evento de grande importância para a história do cristianismo. Reunido na cidade de Cartago, na África, o concílio teve como principal objetivo estabelecer o cânon bíblico, ou seja, a lista oficial dos livros considerados sagrados e inspirados por Deus.

A decisão de definir o cânon bíblico era fundamental para garantir a unidade da Igreja e evitar a proliferação de textos apócrifos ou duvidosos. O concílio, após cuidadosa análise e debate, reconheceu como canônicos os livros que hoje compõem o Antigo e o Novo Testamento, tal como os conhecemos.

Além de definir o cânon bíblico, o Concílio de Cartago também discutiu e estabeleceu outras questões importantes para a vida da Igreja, como a disciplina eclesiástica e a organização da comunidade cristã.

Em resumo, o Concílio de Cartago de 397 foi um marco histórico para o cristianismo, pois consolidou a lista de livros sagrados e contribuiu para a uniformização da fé cristã.

O Concílio de Éfeso (431 d.C.): A Maternidade Divina de Maria

O Concílio de Éfeso, realizado em 431 d.C., foi um dos mais importantes concílios da história da Igreja. Convocado pelo imperador romano Teodósio II, esse encontro eclesiástico tinha como objetivo principal esclarecer a natureza de Cristo e sua relação com a humanidade.

A principal questão em debate era a doutrina nestoriana, que afirmava que Jesus Cristo era composto de duas pessoas distintas: o Filho de Deus e o homem Jesus. Essa doutrina negava a plena união entre a natureza divina e a humana em Cristo.

O Concílio de Éfeso condenou o nestorianismo e proclamou Maria como a Theotokos, ou seja, a Mãe de Deus. Essa declaração reafirmou a plena divindade de Cristo e a unidade perfeita de sua natureza divina e humana.

Em resumo, o Concílio de Éfeso foi um marco fundamental para a cristandade, definindo um dogma central sobre a natureza de Cristo e o papel de Maria na história da salvação.

Códice Vaticanus

O  Codex Vaticanus é um dos mais antigos manuscritos existentes da Bíblia grega (Antigo e Novo Testamento) e um dos quatro grandes códices unciais. O nome “vaticanus” deve-se ao fato de estar guardado na Biblioteca do Vaticano, pelo menos desde o século XV. Escrito em 759 folhas de velino em letras unciais, foi datado palaeograficamente como sendo do século IV.

Codex Sinaiticus 

Chamado também Bíblia do Sinai é um dos quatro grandes códices unciais, uma antiga cópia manuscrita da Bíblia em grego koine. Este códice é um manuscrito de texto-tipo alexandrino escrito no século IV em letras unciais em pergaminho. O entendimento acadêmico moderno considera o Codex Sinaiticus como sendo um dos melhores textos gregos do Novo Testamento juntamente com o Codex Vaticanus. Até sua descoberta por Constantin von Tischendorf, o Codex Vaticanus não tinha paralelos.   

Reino Dividido de Israel


[1]o que escreve textos à mão; escrevente, copista, secretário.
[2]característica comportamental ou estrutural peculiar a um indivíduo ou grupo.
[3]conceito teológico que negava o pecado original, a corrupção da natureza humana, o servo arbítrio (arbítrio escravizado, cativo) e a necessidade da graça divina para a salvação.
[4]pregam a liberdade de cada ser humano para buscar a sua própria Verdade e a necessidade de cada um buscar o crescimento espiritual sem a necessidade de religiões, dogmas e doutrinas.
[5]autógrafo ou holograma é um manuscrito ou documento escrito na mão de seu autor ou compositor.